Novo Policy Brief propõe medidas para promover a igualdade de género no teletrabalho em Portugal

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A Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto acaba de lançar um Policy Brief que propõe medidas concretas para promover a igualdade de género no teletrabalho em Portugal.

A pandemia da COVID-19 trouxe consigo um aumento significativo do teletrabalho em Portugal, uma modalidade que veio para ficar. Antes da pandemia, apenas 6,5% das pessoas trabalhadoras no país praticavam o teletrabalho. Durante o pico da crise sanitária, esse número atingiu os 21,6% no primeiro trimestre de 2021. Mesmo após a fase crítica da pandemia, houve um novo pico no segundo trimestre de 2022, com 20,6% das pessoas trabalhadoras a praticarem teletrabalho. Atualmente, 17,5% estão em regime de teletrabalho, em Portugal.

Contudo, estudos demonstram que o impacto do teletrabalho não é neutro em termos de género. Embora possa contribuir para um melhor equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, proporcionando independência, autonomia e flexibilidade, também pode perpetuar os papéis tradicionais de género em casa e nas conciliações familiares, reforçando maiores responsabilidades para as mulheres nesses âmbitos.

O Policy Brief apresenta propostas de melhoria das práticas organizacionais, do enquadramento jurídico e de políticas públicas do Estado Português, bem como das ações dos parceiros sociais, com o objetivo de promover uma maior igualdade de género no teletrabalho. O documento aborda o estado da arte, evidências de estudos quantitativos e qualitativos, recomendações e contextos de trabalho.

Para aceder ao Policy Brief completo, clique aqui.

O projeto Homework Des/igualdades de género na conciliação de teletrabalho e coabitação é financiado pelo EEA Grants, através do Small Grants Scheme #3: Elaboração de Estudos/Livros Brancos para promover a igualdade entre mulheres e homens do Programa Conciliação e Igualdade de Género, gerido pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género.