ATLANTICLAM

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Os bivalves são a fonte mais sustentável de proteína animal que existe. Além disso, e em particular as amêijoas, são muito apreciadas devido ao seu excelente sabor e aos benefícios nutricionais associados ao seu consumo.

Num passado recente, e devido às dificuldades de produção em massa de amêijoas autóctones europeias, nomeadamente Ruditapes decussatus and Venerupis corrugata, estas foram sendo substituídas no mercado por espécies asiáticas de baixo valor. No entanto, devido ao elevado valor gastronómico, nutricional e, a procura por espécies nativas europeias é evidente entre produtores e consumidores, faltando ainda capacidade de produção e fornecimento em larga escala.

Assim, o projeto ATLANTICLAM trará soluções inovadoras, as quais impactarão toda a cadeia de valor das amêijoas, i.e., do “prado ao prato” através do desenvolvimento de: i) um programa de melhoramento seletivo, de base científica, para produzir stocks de amêijoas mais resilientes e de alto valor; ii) um modelo de operações para garantir a eficiência, integração e digitalização da cadeia de abastecimento; iii) um teste de biotoxinas portátil, para monitorização de afloramentos de algas tóxicas; iv) um interface QR-code com o consumidor, permitindo a rastreabilidade do produto; e v) novos produtos (amêijoas refrigeradas) e embalagens sustentáveis.

Com esta abordagem totalmente disruptiva à produção e comercialização de bivalves de elevado valor, o projeto ATLANTICLAM visa criar um consumo fiável durante todo o ano de um alimento saudável, saboroso e produzido de forma sustentável, contribuindo para combater as alterações climáticas e fomentando a economia azul.