AquaDigest: Development of in vitro digestion methods for aquaculture species

AquaDigest

Em que consistiu esta iniciativa?

Prevendo-se que a população mundial aumente para mais de 9 mil milhões de pessoas até 2050, há uma procura crescente de produtos do mar como fonte de proteínas. A aquacultura constitui uma forma sustentável de satisfazer esta procura e de complementar as unidades populacionais de peixes selvagens. A Noruega é um dos principais produtores mundiais de salmão do Atlântico (Salmo salar), com uma produção de cerca de 1,5 milhões de toneladas em 2020. Portugal tem também uma indústria aquícola diversificada que inclui o robalo (Dicentrarchus labrax), a dourada (Sparus aurata) e os bivalves.

Em 2020, Portugal produziu 16,9 milhões de toneladas. A fim de aumentar a sustentabilidade, a indústria da aquicultura está a deixar de utilizar a farinha de peixe como fonte de proteína. Atualmente, é comum a utilização de proteínas vegetais alternativas (por exemplo, farinha de soja e farinha de glúten de trigo), mas a indústria está também a explorar novas fontes de proteínas como as algas, as leveduras e as farinhas de insetos. Antes de serem utilizados em alimentos comerciais para peixes, os novos ingredientes são avaliados quanto à sua digestibilidade e conversão alimentar através de ensaios de alimentação morosos e dispendiosos.

Para resolver este problema, é necessário desenvolver ferramentas menos morosas para avaliar o valor nutricional dos ingredientes e das dietas. Estas ferramentas podem fornecer um conhecimento mais pormenorizado sobre a influência dos diferentes componentes da dieta, o que é importante na avaliação nutricional de ingredientes e dietas para a aquacultura. No Instituto de Investigação Marinha (IMR), foi desenvolvido um método in vitro para estudar aminoácidos e minerais numa gama de ingredientes e dietas experimentais, utilizando o salmão do Atlântico como espécie-alvo. O IMR e o S2AQUAcoLAB avaliarão metodologias in vitro para diferentes espécies de peixes cultivados.