COVinhib - Inactivating the SARS-CoV-2 spike protein: drug discovery in the fatty acid binding pocket

COVinhib

Em que consistiu esta iniciativa?

A progressão da pandemia de COVID-19 para uma doença endémica mostra a importância de continuar a procurar tratamentos que complementem o esforço de vacinação.  Um alvo comum para vacinas e potenciais medicamentos é a proteína spike do SARS-CoV-2, fundamental para o reconhecimento celular, a entrada e o ciclo de vida do vírus. No interior da proteína spike, foi confirmado um local de ligação de ácidos gordos, no qual a cristalização do ácido linoleico ocupa uma bolsa bem definida.  É importante notar que a presença do ácido linoleico bloqueia a proteína spike numa conformação inativa, reduzindo efetivamente a capacidade do vírus para infetar as células.

Durante o último ano, os parceiros portugueses desta proposta têm vindo a realizar uma análise virtual de alto rendimento de mais de 300 000 compostos para selecionar potenciais fármacos que possam imitar o ácido linoleico. Até à data, pelo menos 20 compostos mostraram uma ligação mais forte à proteína spike do SARS-CoV-2 de Wuhan-2019, quando comparados com o ácido linoleico.  Esperamos que estes fármacos tenham afinidade para a maioria das formas mutantes da proteína spike, inibindo potencialmente todas as variantes da infeção por SARS-CoV-2.

Este projeto visa dar os passos seguintes e confirmar experimentalmente, utilizando ensaios de inibição, se estes compostos selecionados são eficazes no bloqueio da interação entre a proteína spike do SARS-CoV-2 e o recetor humano, ACE-2. Além disso, será avaliada a potencial citotoxicidade dos compostos, lançando as bases para futuras aplicações in vivo. Os parceiros noruegueses partilharão conhecimentos e supervisionarão a forma de realizar com êxito o ensaio de inibição in vitro, para além de fornecerem o equipamento de laboratório adequado para os ensaios in vitro.