Quantos coprodutos geram em Portugal as atividades da bioeconomia azul, como a aquacultura, e como é que o país os pode rentabilizar criando oportunidades de negócio e implementando modelos de economia circular?
São estas questões que o novo projeto Roadmap4MarineCoproducts - “Framework design of the Portuguese Roadmap for marine coproduct valorisation - Lessons Learned from Norway and Iceland” financiado pelas EEA Grants, pretende abordar. Com base na colaboração com entidades chave da Noruega e da Islândia - dois países que operam na vanguarda da avaliação de coprodutos marinhos - Portugal vai identificar as melhores ideias de negócio e práticas de economia circular e vai tentar implementá-las no setor do pescado nacional.
A iniciativa reúne parceiros estratégicos e o seu conhecimento através da colaboração transfronteiriça, como o Norwegian Seafood Innovation Cluster (NCE Seafood Innovation) e o Iceland Ocean Cluster (IOC), e as suas redes de associados, nomeadamente empresas e ecossistemas de inovação, além do CoLAB B2E, num total de quase 200 entidades.
Porquê o Norwegian Seafood Innovation Cluster e o Iceland Ocean Cluster?
A Noruega e a Islândia apresentam modelos de negócios e cadeias de valor no setor simultaneamente diferentes e complementares.
O NCE Seafood Innovation Cluster, com mais de 120 membros, traz experiência no crescimento sustentável do setor do pescado, novos modelos de negócio circulares em cadeias de valor e novas soluções de economia circular – principalmente focadas na aquacultura. Por outro lado, a Islândia é um dos países europeus com maior utilização de coprodutos do pescado para fins não alimentares, investigação biomédica, e o IOC representa cerca de 70 empresas de diferentes dimensões que englobam a maior parte da cadeia de valor no país, desde a pesca até empresas de biotecnologia de pescado.
Sobre o projeto
Roadmap4MarineCoproducts é uma Iniciativa Bilateral com um período de implementação de um ano (de 1 de janeiro a 31 de dezembro de 2023), financiada pelos EEA Grants. A iniciativa vai centrar-se na identificação dos desafios e oportunidades no setor da valorização de coprodutos marinhos, relevantes para o sucesso do setor em Portugal. Os principais resultados serão informação e parcerias chave para desenvolver uma versão beta de um roteiro estratégico português, com recomendações para, entre outros, novos modelos de negócios, novas cadeias de valor, novas tecnologias e processos, e novos negócios intermediários. O projeto vai incluir visitas e intercâmbios de troca de conhecimentos, bem como eventos de networking às instituições participantes e aos ecossistemas de inovação.
A reunião de arranque do projeto teve lugar a 10 de janeiro, num encontro zoom onde os membros do consórcio se reuniram e discutiram diversos temas como cronograma, tarefas, responsabilidades e KPI, plenos de motivação para tirar o máximo partido deste projeto e concretizar os objetivos estabelecidos.