Seminário Final do Projeto Oeste Adapta

Seminário Final do Projeto Oeste Adapta

Realizou-se, no dia 28 de junho, o Seminário Final do Projeto Oeste Adapta, para apresentação do Projeto e de experiências de adaptação local às alterações climáticas.

O evento decorreu na Comunidade Intermunicipal do Oeste e contou com mais de 50 participantes.

Procedeu à abertura do evento Paulo Simões, Secretário Executivo da OesteCIM, seguindo-se um momento de coffee break.

Susana Escária, da Secretaria Geral do Ambiente. Presente na sessão de forma virtual, Susana Escária saudou os presentes e referiu que, estando elaborados os Planos, é importante implementar medidas concretas de adaptação às alterações climáticas.

O Programa Ambiente já apoiou 60 projetos. O encerramento do Projeto Oeste Adapta é “mais um contributo relevante para reduzir as disparidades económicas e sociais no Espaço Económico Europeu e reforçar as relações bilaterais entre os países beneficiários e os países doadores.”

Luís Carvalho, do Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional Urbano, fez o balanço do Projeto. As alterações climáticas refletem-se no aumento da temperatura média anual, no aumento do número de dias de ondas de calor, na diminuição da precipitação e na subida do nível médio do mar.

O Diretor-Adjunto do CEDRU mencionou os objetivos e componentes do Projeto, realizado ao longo de 24 meses de trabalho, que envolveu as componentes de planeamento, capacitação e sensibilização.

Os desafios futuros passam por implementar as ações de adaptação previstas até 2030, ter uma política suportada em evidências, transparente e escrutinável, intensificar a sensibilização da comunidade, integrar a adaptação nas políticas municipais, especialmente no urbanismo, preservar o papel dos ecossistemas na prestação de serviços de regulação e rever/atualizar o plano para um processo de planeamento de antecipação.

Seguiu-se o debate sobre as urgências e desafios da adaptação climática no Oeste, moderado por Gonçalo Caetano (CEDRU), que contou com Hermínio Rodrigues, Presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, António Vidigal, Secretário da Presidência e Vereação da Câmara Municipal de Caldas da Rainha, João Serra, Vereador da Câmara Municipal da Lourinhã e Dulcineia Ramos, Vereadora da Câmara Municipal de Torres Vedras.

Numa Região marcadamente rural, as principais preocupações prendem-se com a falta de água, ondas de calor e a seca, mas também com a conservação das arribas, a segurança das pessoas e bens, a subida do mar e as cheias.

É importante capacitar/educar, sensibilizar e adequar os instrumentos de ordenamento do território, nomeadamente através de uma rede colaborativa intermunicipal para trabalhar em conjunto e fazer face aos eventos extremos.

Presente na sessão, Carlo Aall, representante do Parceiro Norueguês Western Norway Research Institute, falou sobre a experiência norueguesa, nomeadamente a próxima fase de adaptação convencional às alterações climáticas, riscos transfronteiriços, tipos de problemas ambientais, a desconexão entre o discurso de adaptação e mitigação às alterações climáticas e a necessidade de reconetar os discursos climáticos, atualmente divididos.

No encerramento da sessão, Ellen Aabø, Encarregada de Negócios da Embaixada da Noruega em Portugal, mencionou a importância dos investimentos de adaptação climática a curto e médio prazo, dando o exemplo da aposta do Estado Norueguês m soluções de produção e consumo de energias sustentáveis. Nas suas palavras “o Projeto acabou, mas é agora que o trabalho começa”.

No final do Seminário, todos os Técnicos Municipais envolvidos no Projeto receberam o respetivo Certificado.