REDE PARES: Violência de Género e Empoderamento

REDE PARES

Promotor: Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA)

Parceiros:

Women of multicultural ethnicity network (W.O.M.E.N in Iceland)

TAIPA Odemira - Organização Cooperativa para o Desenvolvimento Integrado

ACVS - Associação Caboverdiana de Setúbal

Casa do Brasil de Lisboa

Financiamento EEA Grants: 180.026

Financiamento Total: 200.029

Programa:

 

O que é este projeto?

O projeto REDE PARES: Violência de Género e Empoderamento pretende desenvolver uma ferramenta de intervenção, para utilização a nível local, cujo principal objetivo é a promoção do empoderamento e da participação cívica das mulheres que foram ou são alvo de violência contra as mulheres e doméstica (VMVD). A ferramenta proposta - Grupos de Suporte de Pares - consiste numa intervenção-piloto inovadora de suporte entre pares tendo por base as experiências das mulheres participantes e que neste projeto focar-se-á especificamente em grupos vulneráveis: migrantes, idosas e nas zonas rurais.

É um projeto do Open Call #4: Projetos para melhorar a proteção das vítimas de violência contra as mulheres e violência doméstica.

 

Working together for an inclusive Europe

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Resultados

O projeto REDE PARES: Violência de Género e Empoderamento pretendeu desenvolver redes de mulheres auto-representantes e um conjunto de ferramentas, para utilização a nível local ou em espaços territoriais mais abrangentes. O principal objetivo foi promover o empoderamento e participação cívica das mulheres alvo de violência, em particular mulheres migrantes e residentes nas zonas rurais. Este projeto foi um exemplo positivo de parceria universidade-comunidade, através do envolvimento ativo e em todas as etapas das parceiras nacionais, a Casa do Brasil de Lisboa (CBL), a Organização Cooperativa para o Desenvolvimento Integrado do Concelho de Odemira (TAIPA-CRL), a Associação Caboverdiana de Setúbal (ACVS), a parceira internacional Women Of Multicultural Ethnicity Network in Iceland (W.O.M.E.N.) e o Ispa-Instituto Universitário, como entidade promotora.

Decorrente da situação da pandemia, houve lugar a adaptações na implementação das iniciativas previstas, circunscritas aos territórios das entidades parceiras, tendo sido possível alargar as ações a públicos mais abrangentes no território nacional e internacional, nomeadamente o investimento em formação on-line com especialistas em domínios como advocacy/defesa cívica de mulheres sobreviventes de violência doméstica e abuso sexual, organização de serviços e apoios na comunidade e o envolvimento dos homens na prevenção da violência interpessoal. Estas ações tiveram uma influência significativa nos conteúdos dos produtos desenvolvidos no âmbito do projeto Rede de Pares (e.g., Website- http://redepares.eu/ - Manuais Rede de Pares e Prevenção, redes sociais, ações de sensibilização, folheto de divulgação e recomendações sociopolíticas).

No total, o projeto envolveu 1103 participações (85.6% mulheres e 14.4% homens), realizaram-se seis formações, sete workshops e 18 ações de sensibilização, uma conferência fina. No âmbito do Projeto foram gerados diversos produtos incluindo: um website, quatro vídeos e quatro podcasts temáticos, três publicações (dois manuais e recomendações sociopolíticas) bem como ferramentas de apoio à intervenção (folheto, baralho de cartas de valores e instrumentos de apoio à formação) e, ainda, um projeto piloto de prevenção da violência e promoção do sucesso educativo. A partir da dinâmica entre parceiras e entidade promotora foram implementadas duas redes, uma de mulheres sobreviventes e outra rede de jovens para a prevenção da violência interpessoal. 

No âmbito da rede de mulheres sobreviventes, foi constituído um grupo de pares, pelo qual passaram um conjunto de 10 mulheres de forma regular e outras de forma mais intermitente, na sua maioria migrantes, identificadas através das organizações parceiras, tendo sido realizadas um conjunto de 56 reuniões envolvendo as parceiras e as mulheres sobreviventes. Inicialmente as mulheres sobreviventes desempenharam um papel de consultoras sobre o que deveria ser uma rede de pares e a diferenciação desta rede face aos grupos de ajuda mútua. Nas fases subsequentes, as participantes assumiram um papel de ativistas e identificaram as suas capacidades de liderança no desenvolvimento de iniciativas locais e/ou nacionais focadas no desenvolvimento e aperfeiçoamento dos sistemas de suporte na comunidade. As suas experiências e perspetivas pessoais foram incorporadas nos produtos coconstruídos do projeto, sendo disso exemplos: (a) a estratégia de comunicação; (b) os manuais sobre rede de pares e prevenção; (c) as recomendações sociopolíticas, bem como (d) a apresentação pública dos seus contributos nos vários eventos, workshops, ações de sensibilização, (e) e a participação na reunião intermédia e a (f) conferência final [Vide http://redepares.eu/]. 

Em paralelo, a rede de jovens estudantes universitários para a prevenção da violência nas relações interpessoais e de género, que participou ativamente na elaboração do Manual e colaborou nas ações de sensibilização para outros jovens estudantes.

Ao nível da comunicação, foram dinamizados conteúdos regulares no website e nas redes sociais; foi ainda assegurada a dinâmica regular de interação com a parceira internacional e a apresentação do projeto em três conferências de âmbito europeu com o intuito de integrar a Rede de Pares em redes internacionais.